POEMAS

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Barba Azul
Barba Azul
Paloma Pinheiro
Paloma Pinheiro
Por todas as portas jamais abertas,
por todos os cômodos jamais encontrados,
pelos esqueletos fêmeas, de corpos calados.

Escutando o brado das minhas irmãs de espírito
e anunciando a chegada dos irmãos num grito,
eu vou brindar a perda da inocência 
com as gotas que escorrem pelas chaves do meu corpo.

Eu vou quebrar o espelho turvo e torto 
que cospe entre os meus seios os reflexos dessa barba azul.  
E com os cacos, de norte a sul, 
eu vou esquartejar sua prepotência,
que a cada entardecer sussurrava aos meus ouvidos 
a paralisia gelada, lenta e dolorosa da liberdade.

A verdade farejou a próxima chacina. 
Meu predador será banquete para as aves de rapina. 
Até que cada cisco da mais obscura sombra 
seja elevado às alturas e entregue em homenagem
como oferenda à consciência selvagem.
Por todas as portas jamais abertas,
por todos os cômodos jamais encontrados,
pelos esqueletos fêmeas, de corpos calados.

Escutando o brado das minhas irmãs de espírito
e anunciando a chegada dos irmãos num grito,
eu vou brindar a perda da inocência 
com as gotas que escorrem pelas chaves do meu corpo.

Eu vou quebrar o espelho turvo e torto 
que cospe entre os meus seios os reflexos dessa barba azul.  
E com os cacos, de norte a sul, 
eu vou esquartejar sua prepotência,
que a cada entardecer sussurrava aos meus ouvidos 
a paralisia gelada, lenta e dolorosa da liberdade.

A verdade farejou a próxima chacina. 
Meu predador será banquete para as aves de rapina. 
Até que cada cisco da mais obscura sombra 
seja elevado às alturas e entregue em homenagem
como oferenda à consciência selvagem.

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