Por todas as portas jamais abertas,
por todos os cômodos jamais encontrados,
pelos esqueletos fêmeas, de corpos calados.
Escutando o brado das minhas irmãs de espírito
e anunciando a chegada dos irmãos num grito,
eu vou brindar a perda da inocência
com as gotas que escorrem pelas chaves do meu corpo.
Eu vou quebrar o espelho turvo e torto
que cospe entre os meus seios os reflexos dessa barba azul.
E com os cacos, de norte a sul,
eu vou esquartejar sua prepotência,
que a cada entardecer sussurrava aos meus ouvidos
a paralisia gelada, lenta e dolorosa da liberdade.
A verdade farejou a próxima chacina.
Meu predador será banquete para as aves de rapina.
Até que cada cisco da mais obscura sombra
seja elevado às alturas e entregue em homenagem
como oferenda à consciência selvagem.
Por todas as portas jamais abertas,
por todos os cômodos jamais encontrados,
pelos esqueletos fêmeas, de corpos calados.
Escutando o brado das minhas irmãs de espírito
e anunciando a chegada dos irmãos num grito,
eu vou brindar a perda da inocência
com as gotas que escorrem pelas chaves do meu corpo.
Eu vou quebrar o espelho turvo e torto
que cospe entre os meus seios os reflexos dessa barba azul.
E com os cacos, de norte a sul,
eu vou esquartejar sua prepotência,
que a cada entardecer sussurrava aos meus ouvidos
a paralisia gelada, lenta e dolorosa da liberdade.
A verdade farejou a próxima chacina.
Meu predador será banquete para as aves de rapina.
Até que cada cisco da mais obscura sombra
seja elevado às alturas e entregue em homenagem
como oferenda à consciência selvagem.