ANTOLOGIA


O pódio da hipocrisia

Danilo Gama

(São Paulo/SP)

O que é competir senão trazer lágrimas
aos olhos de quem perdeu?
A competição é a fome de dominação,
é a razão de o amor se tornar eunuco,
é a corda que ata a justiça
ao redor do pescoço pobre.

Os que ganham se acham soberanos,
fazem piadas sobre a fraqueza
dos que perderam,
comem o manjar dos deuses
enquanto o outro vive de esmolas.
Por que vou querer compartilhar,
sabendo que o sabor da vitória
coroa meu ego?

Nada mais importa,
nem a erradicação da fome
nem a empatia, nem o amor.
O que importa
é me empanturrar de vitória,
enquanto assisto de camarote
ao fulgor da derrota alheia.
O que é competir senão trazer lágrimas
aos olhos de quem perdeu?
A competição é a fome de dominação,
é a razão de o amor se tornar eunuco,
é a corda que ata a justiça
ao redor do pescoço pobre.

Os que ganham se acham soberanos,
fazem piadas sobre a fraqueza
dos que perderam,
comem o manjar dos deuses
enquanto o outro vive de esmolas.
Por que vou querer compartilhar,
sabendo que o sabor da vitória
coroa meu ego?

Nada mais importa,
nem a erradicação da fome
nem a empatia, nem o amor.
O que importa
é me empanturrar de vitória,
enquanto assisto de camarote
ao fulgor da derrota alheia.

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Danilo Gama – Sou natural de São Paulo, capital, me formei em 2010 em um colégio público, sem grandes pretensões profissionais. Atualmente “estou” instrutor de esportes num colégio particular. Digo “estou”, pois acredito que ninguém “é” nada além daquilo que nasceu consigo. Somos seres humanos e ponto. O resto são títulos e taxação medíocre que nos acompanham por interesse até a entrada de nosso túmulo. Tenho 26 anos e não tenho obras publicadas, apesar de ter algumas coisas escritas. Sonho com um mundo justo, onde as pessoas possam ser felizes e as desigualdades estejam extintas para todo o sempre. Utopia.
Danilo Gama – Sou natural de São Paulo, capital, me formei em 2010 em um colégio público, sem grandes pretensões profissionais. Atualmente “estou” instrutor de esportes num colégio particular. Digo “estou”, pois acredito que ninguém “é” nada além daquilo que nasceu consigo. Somos seres humanos e ponto. O resto são títulos e taxação medíocre que nos acompanham por interesse até a entrada de nosso túmulo. Tenho 26 anos e não tenho obras publicadas, apesar de ter algumas coisas escritas. Sonho com um mundo justo, onde as pessoas possam ser felizes e as desigualdades estejam extintas para todo o sempre. Utopia.
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