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Pandemia
Pandemia
Juliana Filippozzi
Juliana Filippozzi
A gralha na cordoalha, de cima via de tudo
Num dia não diferente, uma estranheza aparente
O portão que não abriu, o pipoqueiro que sumiu,
O realejo que emudeceu
E os homens, sempre tantos
Foram minguando, migrando pra onde? Sabe-se Deus…
A gralha da cordoalha deu um giro, bateu asas
Voou, voou, voou e nada deles
A praça esvaziada, de cheia só tinha a fonte
E o coro de passarada
O monumento calado, o telhado abobadado
Era tudo feito agora de voz de passarim
Que se ouvia no silêncio do Homem que se foi
A gralha pra cordoalha volta;
Pousa, pega fruta, repousa
Espera té que ficou escuro
E aquele que sempre vinha, não veio…
A gralha da cordoalha, que já tinha visto de tudo
Viu naquele dia o inusitado; das suas gaiolas de vidro
Assiste o Homem lá fora a natureza em liberdade
E promete aprisionado, que dali para frente
Nada mais passará como antes, indiferente…
A gralha na cordoalha, de cima via de tudo
Num dia não diferente, uma estranheza aparente
O portão que não abriu, o pipoqueiro que sumiu,
O realejo que emudeceu
E os homens, sempre tantos
Foram minguando, migrando pra onde? Sabe-se Deus…
A gralha da cordoalha deu um giro, bateu asas
Voou, voou, voou e nada deles
A praça esvaziada, de cheia só tinha a fonte
E o coro de passarada
O monumento calado, o telhado abobadado
Era tudo feito agora de voz de passarim
Que se ouvia no silêncio do Homem que se foi
A gralha pra cordoalha volta;
Pousa, pega fruta, repousa
Espera té que ficou escuro
E aquele que sempre vinha, não veio…
A gralha da cordoalha, que já tinha visto de tudo
Viu naquele dia o inusitado; das suas gaiolas de vidro
Assiste o Homem lá fora a natureza em liberdade
E promete aprisionado, que dali para frente
Nada mais passará como antes, indiferente…

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