POEMAS

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Henê
Henê
Niellem Rodrigues
Niellem Rodrigues
Me propuseram uma vez
“vamos alisar esse cabelo de vez?”
eu entendi ali mesmo a lei
cabelo de preta é feio, mas alisei

Me encaixei no padrãozinho europeu
as dores de cabeça
as queimaduras no couro cabeludo
o cheiro que atacava minha crise de asma
quem sabia, quem sentia era eu

E eu ouvia
“olha só como balança”
cabelo crespo isso não alcança
continuei queimando
cada fio do meu cabelo 4c
sem textura cacheada,
crespo e às vezes embolado, eu sei

O cheiro da guanidina é terrível, mas ok
ignorando meus traços segui
minha vida por um fio se resumiu
indigno o meu cabelo crespo se fez
mas indigno mesmo é o Henê
que passei da primeira vez
Me propuseram uma vez
“vamos alisar esse cabelo de vez?”
eu entendi ali mesmo a lei
cabelo de preta é feio, mas alisei

Me encaixei no padrãozinho europeu
as dores de cabeça
as queimaduras no couro cabeludo
o cheiro que atacava minha crise de asma
quem sabia, quem sentia era eu

E eu ouvia
“olha só como balança”
cabelo crespo isso não alcança
continuei queimando
cada fio do meu cabelo 4c
sem textura cacheada,
crespo e às vezes embolado, eu sei

O cheiro da guanidina é terrível, mas ok
ignorando meus traços segui
minha vida por um fio se resumiu
indigno o meu cabelo crespo se fez
mas indigno mesmo é o Henê
que passei da primeira vez

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