Poemas


Versos bastardos
Versos bastardos
Mauricio Santos Fernandes
Mauricio Santos Fernandes
Que as horas, por ora, lançadas aos versos,
dispersas, movidas de noites aos prantos,
terminem te dando, poeta, descanso,
deem-te jazigo de um só arremesso.

Que o tempo, poeta, de voz apagada
cale-se de vez ante o teu juramento
de amar o que dói e que sai no momento
em que, triste, tonto, promete à palavra.

E o sonho mais belo te deixe tranquilo
e aparte das trevas em que mergulhaste
no leito em que, noite, és pai e és filho

de versos chorados, bastardas deixaste
palavras ocultas, herdeiras do limbo,
escritas no lenço que outrora sujaste.
Que as horas, por ora, lançadas aos versos,
dispersas, movidas de noites aos prantos,
terminem te dando, poeta, descanso,
deem-te jazigo de um só arremesso.

Que o tempo, poeta, de voz apagada
cale-se de vez ante o teu juramento
de amar o que dói e que sai no momento
em que, triste, tonto, promete à palavra.

E o sonho mais belo te deixe tranquilo
e aparte das trevas em que mergulhaste
no leito em que, noite, és pai e és filho

de versos chorados, bastardas deixaste
palavras ocultas, herdeiras do limbo,
escritas no lenço que outrora sujaste.

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