E todo o desiderato deste mundo
Urge nas linhas não lidas
Nos ditos que se calaram
Nas ideias que não vingaram
Paira extasiado à surdina
Baila em desalinho ante a própria pequenez
Surge laranja nos céus
Irrompe em baques surdos
De coisas caídas
Projéteis caídos
Bombas caídas
Ao sabor das convivências
E ao trágico arranjo das conveniências
Todo, todo o desiderato deste mundo
Está no não anunciado
No instante que separa imagem e voz
Na âncora aturdida à janela de aço
Em Jairo, tipógrafo, desabando ao cansaço
Nos passos não dados, a medo
No lodaçal pisoteado, a medo
Todo, todo o desiderato deste mundo
Ralha consigo no espelho
Luta suas vozes
E teima seus tostões
Zela seus queridos, recebidos nos portões
Cospe seus indigentes, escorraçados em prisões
Lança suas vestes, enquanto esconde seus porões
Desvia seu olhar enquanto lustra seus botões
Alinha seu terno enquanto floreia sua ideia
Galanteia sua estampa enquanto estampa sua miséria
E todo o desiderato deste mundo
Urge nas linhas não lidas
Nos ditos que se calaram
Nas ideias que não vingaram
Paira extasiado à surdina
Baila em desalinho ante a própria pequenez
Surge laranja nos céus
Irrompe em baques surdos
De coisas caídas
Projéteis caídos
Bombas caídas
Ao sabor das convivências
E ao trágico arranjo das conveniências
Todo, todo o desiderato deste mundo
Está no não anunciado
No instante que separa imagem e voz
Na âncora aturdida à janela de aço
Em Jairo, tipógrafo, desabando ao cansaço
Nos passos não dados, a medo
No lodaçal pisoteado, a medo
Todo, todo o desiderato deste mundo
Ralha consigo no espelho
Luta suas vozes
E teima seus tostões
Zela seus queridos, recebidos nos portões
Cospe seus indigentes, escorraçados em prisões
Lança suas vestes, enquanto esconde seus porões
Desvia seu olhar enquanto lustra seus botões
Alinha seu terno enquanto floreia sua ideia
Galanteia sua estampa enquanto estampa sua miséria