ANTOLOGIA


Rio

Miguel Montenegro

(Rio de Janeiro/RJ)

Tua pouca sensibilidade
Me libertou de torcer pela sorte
Mal te conhecia e projetei em ti
Toda a minha ansiedade
Diria mesmo, insanidade
Não por te amar previamente
Mas por te escolher cegamente

Só sei sonhar intensamente
Mas acordo de estalo
E para outro sonho,
Se preciso for,
Me arrumo e parto de abalo

Dói, não me machuco à toa
Disfarço e te desfaço
Até não te sobrar nada em mim
Ou, como prefiro,
Me distraio
E outro sonho vivo
Lindo… de viver
E, cantarolando, rio
Tua pouca sensibilidade
Me libertou de torcer pela sorte
Mal te conhecia e projetei em ti
Toda a minha ansiedade
Diria mesmo, insanidade
Não por te amar previamente
Mas por te escolher cegamente

Só sei sonhar intensamente
Mas acordo de estalo
E para outro sonho,
Se preciso for,
Me arrumo e parto de abalo

Dói, não me machuco à toa
Disfarço e te desfaço
Até não te sobrar nada em mim
Ou, como prefiro,
Me distraio
E outro sonho vivo
Lindo… de viver
E, cantarolando, rio

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Miguel Montenegro – Sou funcionário público e professor, com 55 anos, um trabalhador que ganha o pão para se sustentar e se permitir sonhar. Sou um amante da vida, das letras e das aventuras para as quais elas nos levam. Um otimista por teimosia, diria. Escrever poemas e prosas poéticas já passou por outras etapas da minha vida, mas, por insegurança, ingenuidade ou timidez, não os divulguei. Em 2018, eles retornaram com força, como se tivessem vida própria e não pude mais contê-los. Escrevo, então, por necessidade de extravasar aquilo que sai ora naturalmente ora doído, porque é a mais pura expressão daquilo que sou e sinto.
Miguel Montenegro – Sou funcionário público e professor, com 55 anos, um trabalhador que ganha o pão para se sustentar e se permitir sonhar. Sou um amante da vida, das letras e das aventuras para as quais elas nos levam. Um otimista por teimosia, diria. Escrever poemas e prosas poéticas já passou por outras etapas da minha vida, mas, por insegurança, ingenuidade ou timidez, não os divulguei. Em 2018, eles retornaram com força, como se tivessem vida própria e não pude mais contê-los. Escrevo, então, por necessidade de extravasar aquilo que sai ora naturalmente ora doído, porque é a mais pura expressão daquilo que sou e sinto.
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