ANTOLOGIA


Casca

Thamires Andrade

(São Paulo/SP)

daqui debaixo da casca em que me acomodo,
me escondo,
me escolho,
me moldo
(e, às vezes, também me iludo),
enquanto espio o feixe de luz que escapa
brilhante,
suspiro satisfeita
como nos melhores dias,
estes em que de nada tenho medo
e sou capaz de morder os sapatos
de qualquer um que me pisa
daqui debaixo da casca em que me acomodo,
me escondo,
me escolho,
me moldo
(e, às vezes, também me iludo),
enquanto espio o feixe de luz que escapa
brilhante,
suspiro satisfeita
como nos melhores dias,
estes em que de nada tenho medo
e sou capaz de morder os sapatos
de qualquer um que me pisa

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Thamires Andrade – Sou uma pessoa comum que escreve por necessidade. Neta de Cecília e Neusa e tia de Pedro e Lolô, adoro os tropicalistas – principalmente Tom Zé –, pitanga, dançar, fazer bolo, criança pequena, filme dos Trapalhões, gato, andar de metrô, dias azuis e cheiro de chuva. Li Mário Quintana pela primeira vez aos 12 anos e nunca mais parei. Iniciei a carreira em 2019, publicando Meus melhores poemas eu não escrevi e esqueci (Editora Patuá), participando de coletâneas e vencendo o Prêmio Lila Ripoll. Eu tenho formação em Psicologia e Psicanálise, mas gosto mesmo é de ter feito um curso de clown.
Thamires Andrade – Sou uma pessoa comum que escreve por necessidade. Neta de Cecília e Neusa e tia de Pedro e Lolô, adoro os tropicalistas – principalmente Tom Zé –, pitanga, dançar, fazer bolo, criança pequena, filme dos Trapalhões, gato, andar de metrô, dias azuis e cheiro de chuva. Li Quintana pela primeira vez aos 12 anos e nunca mais parei. Iniciei a carreira em 2019, publicando Meus melhores poemas eu não escrevi e esqueci (Patuá), participando de coletâneas e vencendo o Prêmio Lila Ripoll. Tenho formação em Psicologia e Psicanálise, mas gosto mesmo é de ter feito um curso de clown.
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