Sim, fui tua! Do sono até a insônia, fui tua.
Das pontas do meu cabelo ressecado
até a carne morta debaixo da unha, fui tua.
Meu suor, minhas lágrimas, meu sossego.
Minha febre, que de tanto arder, ferveu.
Meus olhos negros.
Minha ânsia, meu vômito,
minha alegria, desespero e agonia.
Até o meu sorriso amarelo, minha euforia.
Tudo de concreto e surreal
que há em mim, foi teu.
E hoje estou abortando
você de mim em versos.
Sim, fui tua! Do sono até a insônia, fui tua.
Das pontas do meu cabelo ressecado
até a carne morta debaixo da unha, fui tua.
Meu suor, minhas lágrimas, meu sossego.
Minha febre, que de tanto arder, ferveu.
Meus olhos negros.
Minha ânsia, meu vômito,
minha alegria, desespero e agonia.
Até o meu sorriso amarelo, minha euforia.
Tudo de concreto e surreal que há em mim, foi teu.
E hoje estou abortando você de mim em versos.