A fome do meu povo
transpassa a alma
Apesar do tempo novo
a mesma velha chaga
Neste país de pele preta
pretos morrem todo dia
Sorrateira a morte chega
esmaga a barriga vazia
A morte branca invade
a casa preta da favela
ao preto falta dignidade
resta o tiro ou a cela
A família do preto chora
a morte dos seus direitos
e por justiça implora
ao tribunal branco sujeito
A morte branca espreita
a vida dos pretos deste Brasil
desde sempre nunca respeita
rouba seu sangue de forma vil
Meu povo preto resistente
por séculos a ela persiste
Dos quilombos remanescentes
a herança da luta até hoje vive
A fome do meu povo
transpassa a alma
Apesar do tempo novo
a mesma velha chaga
Neste país de pele preta
pretos morrem todo dia
Sorrateira a morte chega
esmaga a barriga vazia
A morte branca invade
a casa preta da favela
ao preto falta dignidade
resta o tiro ou a cela
A família do preto chora
a morte dos seus direitos
e por justiça implora
ao tribunal branco sujeito
A morte branca espreita
a vida dos pretos deste Brasil
desde sempre nunca respeita
rouba seu sangue de forma vil
Meu povo preto resistente
por séculos a ela persiste
Dos quilombos remanescentes
a herança da luta até hoje vive