Poemas

São duas da manhã e o vento começou a chiar lá fora
De madrugada a ventania nos apavora
Me levanto para ir ao banheiro
Saio da cama sorrateiro

Na calada da noite ouço o vento
Sinto um medo, sinto o relento
De madrugada é só silêncio
A não ser pelo barulho do vento

Daqui não ouço nenhum barulho
A não ser da ventania sobre o muro
Por que esse vento não vem de tarde?
Lá pelas duas, não causaria nenhum alarde

Ventania só serve para assustar
Quem de madrugada acaba por acordar
Ventania que me persegue
Vá pro diabo que te carregue!