ANTOLOGIA


Soneto de superação

Guilherme Orabona

(São Paulo/SP)

Se acaso pago o preço do que sinto
E amargo a vida doce, a culpa é minha.
Alheio aos sonhos, sonho e não consinto
Sentir real o etéreo, como vinha.

Se efêmeros prazeres, já extintos,
Libertam-me do amor de suas gavinhas,
Despertam livres todos os instintos,
Também os mais ocultos que mantinha.

Deparo-me, vazio, em outro mundo,
Então, com o sentimento tão profundo
Desse eu que agora toma um novo rumo.

De ver a vida em ondas inconstantes
(Delírios flutuantes de consumo),
A vir a ser eterno em cada instante.
Se acaso pago o preço do que sinto
E amargo a vida doce, a culpa é minha.
Alheio aos sonhos, sonho e não consinto
Sentir real o etéreo, como vinha.

Se efêmeros prazeres, já extintos,
Libertam-me do amor de suas gavinhas,
Despertam livres todos os instintos,
Também os mais ocultos que mantinha.

Deparo-me, vazio, em outro mundo,
Então, com o sentimento tão profundo
Desse eu que agora toma um novo rumo.

De ver a vida em ondas inconstantes
(Delírios flutuantes de consumo),
A vir a ser eterno em cada instante.

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Guilherme Orabona – Sou um cientista que encontrou na poesia uma forma de organizar suas emoções. Apaixonado pela vida desde cedo e biólogo por formação acadêmica, sempre busquei entender a fundo o comportamento em suas mais variadas expressões, a partir do funcionamento do cérebro e da evolução das espécies. Com um doutorado em genética do autismo, conheci um mundo profundamente incompreendido e me encontrei nos meandros mais intrincados da mente humana. Sou um homem que rejeita os padrões e os recria, sempre que impossível, de acordo com meu próprio universo.
Guilherme Orabona – Sou um cientista que encontrou na poesia uma forma de organizar suas emoções. Apaixonado pela vida desde cedo e biólogo por formação acadêmica, sempre busquei entender a fundo o comportamento em suas mais variadas expressões, a partir do funcionamento do cérebro e da evolução das espécies. Com um doutorado em genética do autismo, conheci um mundo profundamente incompreendido e me encontrei nos meandros mais intrincados da mente humana. Sou um homem que rejeita os padrões e os recria, sempre que impossível, de acordo com meu próprio universo.
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