Existem poemas de que me enamoro.
De outros nem tanto,
e me recuso a escrevê-los.
Uns tantos eu guardo, tal qual um tesouro,
procuro mais rimas, seguro de crê-los.
Alguns mais, prefiro na minha memória,
a tê-los, mais tarde, maduros escritos.
Se velhos estão, não os dou pressa nem glória:
em hora oportuna revelam seus fitos.
Existe o poema que fala diurno:
nele tenho o sol, arco-íris, amor.
Noutro ponho as cores de um tempo noturno.
E traço a lua, serena, luzente,
que diz: “vai, poeta! Pois és parturiente
deste teu poema nascido da dor!”
Existem poemas de que me enamoro.
De outros nem tanto, e me recuso a escrevê-los.
Uns tantos eu guardo, tal qual um tesouro,
procuro mais rimas, seguro de crê-los.
Alguns mais, prefiro na minha memória,
a tê-los, mais tarde, maduros escritos.
Se velhos estão, não os dou pressa nem glória:
em hora oportuna revelam seus fitos.
Existe o poema que fala diurno:
nele tenho o sol, arco-íris, amor.
Noutro ponho as cores de um tempo noturno.
E traço a lua, serena, luzente,
que diz: “vai, poeta! Pois és parturiente
deste teu poema nascido da dor!”