ANTOLOGIA


Outras flores, outras cores

Marina Bozzetto

(São Paulo/SP)

Desde cedo aprendi
a deixar o passado ir embora,
a não pensar mais nas flores mortas
ou nas cordas [não] cortadas

Aprendi a não pensar mais nas feridas,
a não pensar mais nos sonhos,
estúpidos sonhos,
apagados pelo tempo

Mas o vento é traiçoeiro,
traz de volta a garotinha,
traz de volta suas cicatrizes,
rasgos no corpo que o tempo [mal] curou

E mesmo relutando, eu ainda choro,
mas o choro vira raiva e o luto vira luta
E assim vou colhendo outras flores,
desenhando meu corpo em outras cores
e deixando o passado para trás

Desde cedo aprendi o gosto da morte
Desde cedo aprendi como chorar
Mas desde cedo aprendi a ir com o vento
e, como num belo equilíbrio
entre ritmo e melodia,
aprendi a me libertar.
Desde cedo aprendi
a deixar o passado ir embora,
a não pensar mais nas flores mortas
ou nas cordas [não] cortadas

Aprendi a não pensar mais nas feridas,
a não pensar mais nos sonhos,
estúpidos sonhos,
apagados pelo tempo

Mas o vento é traiçoeiro,
traz de volta a garotinha,
traz de volta suas cicatrizes,
rasgos no corpo que o tempo [mal] curou

E mesmo relutando, eu ainda choro,
mas o choro vira raiva e o luto vira luta
E assim vou colhendo outras flores,
desenhando meu corpo em outras cores
e deixando o passado para trás

Desde cedo aprendi o gosto da morte
Desde cedo aprendi como chorar
Mas desde cedo aprendi a ir com o vento
e, como num belo equilíbrio
entre ritmo e melodia,
aprendi a me libertar.

Compartilhe este poema:
Marina Bozzetto – Sou estudante, professora e poeta. Estudo Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, dou aula em cursinhos populares e sou poeta de família. Desde criança minha família me envolveu na literatura. Escrevi para antologias e fui uma das idealizadoras do Projeto Tempestade Urbana, que reunia vários artistas, das mais diversas origens e trabalhos, para dar um pouco de ar e refúgio das e nas loucuras e correrias da vida.
Marina Bozzetto – Sou estudante, professora e poeta. Estudo Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, dou aula em cursinhos populares e sou poeta de família. Desde criança minha família me envolveu na literatura. Escrevi para antologias e fui uma das idealizadoras do Projeto Tempestade Urbana, que reunia vários artistas, das mais diversas origens e trabalhos, para dar um pouco de ar e refúgio das e nas loucuras e correrias da vida.
Share by: