ANTOLOGIA


O que pode o corpo

Kamilly Barros (3º lugar)

(Goiânia/GO)

o corpo pode, atômico,
o núcleo e o instável
o corpo pode a anatomia,
o hormônio e a célula
(e da célula, a mitocôndria)
o corpo pode a si mesmo
(seu próprio começo)
o corpo-usina (de tudo)
pode sua própria energia
o corpo (irrompido)
pode sua própria erupção
pode seu movimento e quietude
sua voz e seu silêncio
o corpo (programático)
pode sua própria casa
o corpo pode outro corpo
(pode mais o corpo-fêmea)
parassimpático, thick, estriado,
soft, esc(l)arificado, massa, up
pode o corpo seu próprio destino
o corpo pode, atômico,
o núcleo e o instável
o corpo pode a anatomia,
o hormônio e a célula
(e da célula, a mitocôndria)
o corpo pode a si mesmo
(seu próprio começo)
o corpo-usina (de tudo)
pode sua própria energia
o corpo (irrompido)
pode sua própria erupção
pode seu movimento e quietude
sua voz e seu silêncio
o corpo (programático)
pode sua própria casa
o corpo pode outro corpo
(pode mais o corpo-fêmea)
parassimpático, thick, estriado,
soft, esc(l)arificado, massa, up
pode o corpo seu próprio destino

Compartilhe este poema:
Kamilly Barros – Tenho 41 anos (importante! rs...), sou mãe do meu pequeno Manoel. Filha e neta de orgulhosos nordestinos. Pesquisadora e professora de História, Filosofia e Literatura. Graduada, mestra e agora doutoranda por uma universidade pública! Poeta too bee ou, para dizer como Nietzsche, “tornando-me”. Principalmente: leitora. Não pela quantidade de coisas que li, mas porque apreendo e aprendo a vida pela leitura. Lutando sempre, de mãos dadas com o feminismo, por uma política feminina e por um mundo onde caiba o singular; onde não falte nem a Arte nem o pão. Outro dia eu ouvi que “o mundo ainda não está suficientemente desconhecido”. Penso e sonho assim.
Kamilly Barros – Tenho 41 anos (importante! rs...), sou mãe do meu pequeno Manoel. Filha e neta de orgulhosos nordestinos. Pesquisadora e professora de História, Filosofia e Literatura. Graduada, mestra e agora doutoranda por uma universidade pública! Poeta too bee ou, para dizer como Nietzsche, “tornando-me”. Principalmente: leitora. Não pela quantidade de coisas que li, mas porque apreendo e aprendo a vida pela leitura. Lutando sempre, de mãos dadas com o feminismo, por uma política feminina e por um mundo onde caiba o singular; onde não falte nem a Arte nem o pão. Outro dia eu ouvi que “o mundo ainda não está suficientemente desconhecido”. Penso e sonho assim.
Share by: