ANTOLOGIA


Necrológio da barragem

Leonor Vieira-Motta

(Volta Redonda/RJ)

Na várzea mineral do Paraopeba
em 25 de janeiro de 2019
a barragem já não barra, rompeu.
Infiltrada por água que não se bebe
socavada por negócios, atas, negociatas
ela agora emerge faminta
na onda de lama (que não é lama)
tratorando terra, sufocando bicho
triturando gente, violando o rio
descaradamente.
Na várzea mineral do Paraopeba
em 25 de janeiro de 2019
a barragem já não barra, rompeu.
Infiltrada por água que não se bebe
socavada por negócios, atas, negociatas
ela agora emerge faminta
na onda de lama (que não é lama)
tratorando terra, sufocando bicho
triturando gente, violando o rio
descaradamente.

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Leonor Vieira-Motta – Nasci na cidade de Volta Redonda/RJ, em 1959. Tenho publicados três livros de poemas: Meu tempo (1980), Vero brilhante (2005) e Rio Paraíba do Sul – água de viver (2007). Estou incluída em antologias poéticas e colaboro com poemas e crônicas em jornais e revistas literárias. Em 2016, conquistei o 6º lugar no Concurso Literário Contos São João Marcos, fruto do Prêmio Todos por um Brasil de Leitores, do Ministério da Cultura. Recebi em 13 de novembro de 2019 o Prêmio da Diretoria da União Brasileira de Escritores (RJ) pelo livro Vero Brilhante.
Leonor Vieira-Motta – Nasci na cidade de Volta Redonda/RJ, em 1959. Tenho publicados três livros de poemas: Meu tempo (1980), Vero brilhante (2005) e Rio Paraíba do Sul – água de viver (2007). Estou incluída em antologias poéticas e colaboro com poemas e crônicas em jornais e revistas literárias. Em 2016, conquistei o 6º lugar no Concurso Literário Contos São João Marcos, fruto do Prêmio Todos por um Brasil de Leitores, do Ministério da Cultura. Recebi em 13 de novembro de 2019 o Prêmio da Diretoria da União Brasileira de Escritores (RJ) pelo livro Vero Brilhante.
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