ANTOLOGIA


In-vazão

Jordana Stella Botelho

(Curitiba/PR)

Minha vela está no toco
e ainda está acesa.
Meu corpo está no tronco
e eu não vou gritar.
Minha vida por um fio,
passo-a entre os dentes.
Meu peito ferido, fendido,
sem cadeado, senha, tetra.
Minha rima não combina,
a metáfora suporta.
Minha casa foi invadida,
eu mesma abri a porta.
Minha vela está no toco
e ainda está acesa.
Meu corpo está no tronco
e eu não vou gritar.
Minha vida por um fio,
passo-a entre os dentes.
Meu peito ferido, fendido,
sem cadeado, senha, tetra.
Minha rima não combina,
a metáfora suporta.
Minha casa foi invadida,
eu mesma abri a porta.

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Jordana Stella Botelho – Pedagoga por opção, atriz por vocação e poeta por necessidade. Escrever é um jeito de dar vazão a todo o meu universo interno, de colocar a vida em outros contornos, gastar a dor como tinta de caneta, reinventar o mundo e a mim mesma, aprender a não me levar tão a sério e olhar, tocar, sentir, escutar, chorar e sorrir pelo papel. Ainda não escrevi nenhum livro só meu, a menos que dissertação de mestrado conte. Imagino que não. Mas poemas na gaveta, possuo aos montes. Quem sabe um dia eles não rompem essa escuridão?
Jordana Stella Botelho – Pedagoga por opção, atriz por vocação e poeta por necessidade. Escrever é um jeito de dar vazão a todo o meu universo interno, de colocar a vida em outros contornos, gastar a dor como tinta de caneta, reinventar o mundo e a mim mesma, aprender a não me levar tão a sério e olhar, tocar, sentir, escutar, chorar e sorrir pelo papel. Ainda não escrevi nenhum livro só meu, a menos que dissertação de mestrado conte. Imagino que não. Mas poemas na gaveta, possuo aos montes. Quem sabe um dia eles não rompem essa escuridão?
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