ANTOLOGIA


(Ex)pressões

Marisol Williams

(Barra Mansa/RJ)

Encontro alívio ao colocar palavras no papel
Elas carregam consigo
o peso de não poderem ser ditas
Não em voz alta, não aqui
Então, as digo no papel
O MAIS ALTO POSSÍVEL

Mas às vezes, as palavras me fogem
como se cansadas, precisando de uma folga
Nessa hora…

eu        porque a       me leva           lugares
   danço             dança          a outros

E então, quando meus músculos me falham,
tiro minhas roupas
e tento fotografar minha essência
Nua é o mais confortável que consigo ficar

E mais frequentemente que tudo,
as expressões não encontram
uma forma de sair
e o jeito é olhar para o que
foi feito pelos outros,
me inquietar com suas questões
e com isso me libertar
Encontro alívio ao colocar palavras no papel
Elas carregam consigo
o peso de não poderem ser ditas
Não em voz alta, não aqui
Então, as digo no papel
O MAIS ALTO POSSÍVEL

Mas às vezes, as palavras me fogem
como se cansadas, precisando de uma folga
Nessa hora…

eu        porque a       me leva           lugares
   danço             dança          a outros

E então, quando meus músculos me falham,
tiro minhas roupas
e tento fotografar minha essência
Nua é o mais confortável que consigo ficar

E mais frequentemente que tudo,
as expressões não encontram uma forma de sair
e o jeito é olhar para o que foi feito pelos outros,
me inquietar com suas questões
e com isso me libertar

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Marisol Williams – Sou graduanda do curso de Bacharelado em Ciência Política pela Uninter. A paixão pela leitura e a escrita vem desde a adolescência, tendo mais recentemente focado minha criação textual em temas como sexualidade, feminismo e raça. Preta, feminista, pansexual, poliamorista e ateia, uso muito de minha própria vivência como inspiração para meus textos. Encontro na arte uma forma de expressão, não só na escrita, como na dança – tendo uma graduação interrompida nessa área – e na fotografia – com um projeto de autorretratos (@projetoeucorpo, no Instagram e Twitter).
Marisol Williams – Sou graduanda do curso de Bacharelado em Ciência Política pela Uninter. A paixão pela leitura e a escrita vem desde a adolescência, tendo mais recentemente focado minha criação textual em temas como sexualidade, feminismo e raça. Preta, feminista, pansexual, poliamorista e ateia, uso muito de minha própria vivência como inspiração para meus textos. Encontro na arte uma forma de expressão, não só na escrita, como na dança – tendo uma graduação interrompida nessa área – e na fotografia – com um projeto de autorretratos (@projetoeucorpo, no Instagram e Twitter).
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