ANTOLOGIA


Dedicatória mitológica

Ana Gabriela Casemiro

(Pouso Alegre/MG)

Na despedida,
Uma fera das colinas
Matava o cervo.
Meu coração gretado doía.
Tu sumias, quietamente.
Sem dizer um adeus.
A coruja me prendia
Com um canto melancólico:
“Não chores, vai passar…”
Quanto mais ouvia o canto,
Mais o perdia de vista.
No mais profundo da minha alma,
Eu gritava: “Caçaram o João!”
Todos os dias clamava a Hesíodo.
Sem respostas,
O tempo me fazia esperar
Com o consolo de um poema,
Que delicadamente me libertava do luto.
Na despedida,
Uma fera das colinas
Matava o cervo.
Meu coração gretado doía.
Tu sumias, quietamente.
Sem dizer um adeus.
A coruja me prendia
Com um canto melancólico:
“Não chores, vai passar…”
Quanto mais ouvia o canto,
Mais o perdia de vista.
No mais profundo da minha alma,
Eu gritava: “Caçaram o João!”
Todos os dias clamava a Hesíodo.
Sem respostas,
O tempo me fazia esperar
Com o consolo de um poema,
Que delicadamente me libertava do luto.

Compartilhe este poema:
Ana Gabriela Casemiro – Quando criança, passava as férias da escola na roça mineira da avó Iria e do avô Antônio. Amávamos criar e contar histórias e sempre fomos apaixonados pela natureza. Foi quando busquei uma forma de expressar minha gratidão e amor. Essa busca foi natural e leve, sentindo o vento das árvores, olhando o céu estrelado e a beleza das flores. Foi lá que surgiu a minha primeira poesia, aos 16 anos. Desde então, são quase três anos que escrevo poemas, o que me faz viver a cada dia de uma forma libertadora. Parece pouco tempo, mas a poesia sempre esteve aqui do meu lado.
Ana Gabriela Casemiro – Quando criança, passava as férias da escola na roça mineira da avó Iria e do avô Antônio. Amávamos criar e contar histórias e sempre fomos apaixonados pela natureza. Foi quando busquei uma forma de expressar minha gratidão e amor. Essa busca foi natural e leve, sentindo o vento das árvores, olhando o céu estrelado e a beleza das flores. Foi lá que surgiu a primeira poesia, aos 16 anos. Desde então, são quase três anos que escrevo poesias, o que me faz viver a cada dia de uma forma libertadora. Parece pouco tempo, mas a poesia sempre esteve aqui do meu lado.
Share by: