ANTOLOGIA


A absurda mente é surda absurdamente

Ednaldo Araújo

(Salvador/BA)

A mente é absurda
porque mente absurdamente
sem ser surda.
Tudo que ouve ou houve,
nega e renega
na sua surda absurda verdade,
que quer sempre transformar em mentira,
na sua absurda insensatez de se justificar.

A verdade explicitamente viva
da escuta mansa, rouca,
expressiva ou apreensiva,
que possa despertar todo o fim da surdez
da mente que mente
na sua imensa e profunda farsa de ser absurda,
no que se possa explicar.

Palavras, ecos, frases,
todos os sons e dissonantes outros sons
fazem com que o recuo da mente,
que sempre mente, absurda, absurdamente
se esquive da verdade para escutar.
A verdade realmente da mente,
que mente e desmente sua verdade,
é para tranquilamente permanecer
como uma absurda e surda mente,
para a verdade absurdamente não se revelar.
A mente é absurda
porque mente absurdamente
sem ser surda.
Tudo que ouve ou houve,
nega e renega
na sua surda absurda verdade,
que quer sempre transformar em mentira,
na sua absurda insensatez de se justificar.

A verdade explicitamente viva
da escuta mansa, rouca,
expressiva ou apreensiva,
que possa despertar todo o fim da surdez
da mente que mente
na sua imensa e profunda farsa de ser absurda,
no que se possa explicar.

Palavras, ecos, frases,
todos os sons e dissonantes outros sons
fazem com que o recuo da mente,
que sempre mente, absurda, absurdamente
se esquive da verdade para escutar.
A verdade realmente da mente,
que mente e desmente sua verdade,
é para tranquilamente permanecer
como uma absurda e surda mente,
para a verdade absurdamente não se revelar.

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Ednaldo Araújo – Sou formado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco e fui bancário por 41 anos. Recebi menção honrosa da Academia Pernambucana de Letras pelo poema “O voo final”, no I Concurso de Poesia da UFPE. Fui ator no teatro pernambucano por nove anos. Comecei a escrever em 1978, durante minha graduação. Sou de Recife, já morei em Fortaleza e estou em Salvador há 31 anos. A arte para mim é arte e sempre vivi conectado a ela. Toda expressão deve sair livre das amarras que podem não revelar sua verdadeira forma de se expressar.
Ednaldo Araújo – Sou formado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco e fui bancário por 41 anos. Recebi menção honrosa da Academia Pernambucana de Letras pelo poema “O voo final”, no I Concurso de Poesia da UFPE. Fui ator no teatro pernambucano por nove anos. Comecei a escrever em 1978, durante minha graduação. Sou de Recife, já morei em Fortaleza e estou em Salvador há 31 anos. A arte para mim é arte e sempre vivi conectado a ela. Toda expressão deve sair livre das amarras que podem não revelar sua verdadeira forma de se expressar.
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